A nossa pequena homenagem ao dia dos pais parabens

Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros. Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar. Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos. Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão. Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida. Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam. Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.

Depoimento de um admirador de gordinhas

Bom, todos nós devemos amar as pessoas por aquilo que elas são e não por aparencia. Em meu caso, por exemplo, não que tivesse algumas paixonites por pessoas magras ou de boa forma física, ou melhor, como a sociedade considera como boa forma física.

Mas, foi com as mulheres gordinhas que tive os melhores relacionamentos em toda a minha vida, porque são pessoas que não dão a mínima importancia a coisas fúteis e são verdadeiras consigo mesmas e com as outras pessoas ao seu redor.

São mulheres maravilhosas, batalhadoras, aguerridas, mulheres que me causam uma grande admiração. Particularmente, namoro uma mulher gordinha, que por sinal é muito linda, de uma maneira completa, sem qualquer exagero, uma pessoa de muitas qualidades e que eu nutro um profundo sentimento por ela.

Uma guerreira, uma mulher de fibra e de coragem, uma pessoa que não tem medo de lutar por seus objetivos e que não tem medo de sentir… De buscar a realização dos sonhos dela. É  a minha inspiração.

 

O que dizer em algumas poucas palavras é que eu me sinto realizado em namorar uma mulher gordinha, porque é uma mulher verdadeira, uma mulher que não está nem ai para o preconceito e que se aceita da maneira como ela é.

Fernando Douglas